O magnífico privilégio de ter mãe

Hoje é o segundo domingo de maio, dia anual dedicado às mães. A maioria das pessoas comemora alegremente esta data, afinal, quem merece ser homenageada neste mundo mais do que aquela que nos gerou?

Ops... falei a maioria, porque (não por vontade própria) faço parte da minoria, os órfãos de mãe. Não os órfãos de mãe que conviveram por muitos anos com sua querida mamãe, daqueles que sentaram-se à mesa com ela nos almoços dos segundos-domingos-de-maio. Sou daquela minoria triste, que tiveram uma vida inteira sem a presença de seu anjo protetor. Minha "mãinha" me deixou (não por vontade própria) quando eu tinha 5 anos, quatro meses e dez dias. Pois é, não tenho lembrança de nenhum alegre domingo com minha amada mãezinha. Perdoem-se as mães dos outros, mas pra mim, esse dia é triste e vazio. 

Então, você que é filho e pode passar este dia com sua mãe, ou, pelo menos ligar pra ela de qualquer parte do mundo, este post é pra você.

Tem uma mensagem que circula nas redes sociais bem popular sobre o dia das mães que sintetiza as fases da vida de um(a) filho(a) com suas respectivas falas à mãe:

3 anos: Mãe te amo!
11 anos: Mãe não enche!
16 anos: Minha mãe é tão chata!
18 anos: Eu quero sair da casa da minha mãe!
25 anos: Mãe você tinha razão!
30 anos: Eu quero voltar pra casa da minha mãe!
50 anos: Eu não quero perder minha mãe!
70 anos: Eu daria qualquer coisa pra ter minha mãe aqui comigo!

É bem interessante a verdade incutida nas entrelinhas dessas simples exclamações. Já refletiu sobre a fase em que você se encontra? Eu já: passei a primeira e fiquei presa na última, indefinidamente. Não tenho mais o que refletir, a não ser sobre os tipos de mães e filhos que hoje vemos nesse mundo. Como sou filha e tive um bom pai, soube desempenhar bem o meu papel. Mas o que vejo "à torto e à direta" são filhos preguiçosos, irresponsáveis, ingratos e insolentes. Hoje, dia comemorativo delas, os filhos querem "tapar o sol com a peneira", ou melhor, com o presente. Muitos passam o ano inteiro sendo desrespeitosos com suas mães, não ajudam em casa, não obedecem suas ordens, não atendem seus pedidos, não são companheiros nem estudiosos e tantas outras coisas. Ah! Mas no dia das mães querem passar uma borracha nas suas malcriações de 364 dias com um belo presente.

Já parou pra pensar se você não fosse criado por sua mãe? Feche os olhos e imagine-se nesse mundo paralelo onde sua mãe não existiria e você fosse criado sem ela. Você não seria acordado todos os dias da sua infância pelos seus beijos, não ouviria a voz dela chamando seu nome e dizendo o quanto te ama e que você é especial pra ela. Você não a teria do seu lado da cama quando estivesse doente, nem levaria aquela bronca por desobedecer, de vez em quando. E jamais chamaria este nome lindo: Mãe! Mamãe! Pense em todos os momentos em que sua mãe esteve com você e delete-os da sua memória por um momento... 
- Nossa, que viagem horrível! - Dirá você. 
- Bem vindo ao meu mundo real. Eu daria qualquer coisa para ter o magnífico privilégio que foi dado a você.

Quer voltar urgentemente ao seu mundo agora, aos amorosos e protetores braços da sua mãezinha? Valorize-a enquanto ela vive! Abrace-a mais, diga a ela o quanto a sua vida é boa porque ela batalhou e batalha todos os dias por você. Seja mais grato e demonstre no dia-a-dia, afinal, ela não tem bola de cristal. 
E nem viverá pra sempre.

Que você seja um excelente filho para sua amada mãezinha.

Escrito por Mirameles Sabino - 14/05/2017